Vamos mostrar aos de cima que a classe trabalhadora não será mera espectadora da destruição dos seus direitos!
Em pouco menos de dois meses no poder, o governo Bolsonaro já é marcado por escândalos de corrupção, e em um grande empenho em aumentar os ataques aos direitos sociais, o que já vinha sendo feito pelos governos anteriores.
Aqui em São Paulo, a Reforma da Previdência vem sendo imposta pelas gestões municipais – com a aprovação do Sampaprev, que aumenta o confisco sobre os salários do funcionalismo – e pelo governo do estado, com Dória já acenando fazer o mesmo. Ambos agem em conjunto com os anseios do governo federal, seguindo à risca o projeto dos banqueiros e grandes empresários.
Além dos ataques aos direitos trabalhistas, a cada dia recebemos notícias de medidas que aceleram o desmonte dos serviços públicos, como cortes na saúde, educação, assistência social, previdência, etc. Conquistas históricas das mulheres, da comunidade LGBT e dos/as negros/as são atacadas das formas mais violentas possíveis. Educadores/as sofrem com censura nas escolas através de tentativas de criar uma cultura da mordaça, com projetos como o “Escola Sem Partido”. Os patrões trabalham em unidade para a consolidação da reforma trabalhista aprovada por Temer, e a aprovação da reforma da Previdência de Paulo Guedes, ainda mais dura que a proposta do governo anterior. A violência estatal, que mantém vínculos umbilicais com as milícias, visa garantir pelo medo e pela repressão as medidas de austeridade para aumentar ainda mais os lucros e o poder dos patrões.
Os de cima estão mobilizados para acelerar os ataques aos de baixo. É urgente que nossa classe entre em cena e demonstre que terá luta para que a deterioração de nossas condições materiais não seja ainda maior. É necessário irmos às ruas e iniciar a construção de uma Greve Geral, até a reforma da previdência cair! Essa reforma é o carro-chefe desse governo, e sua derrota significará um grande avanço contra a barbárie e pela defesa de nossos direitos!
Chamamos a todas e todos à Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora, contra a reforma da previdência e em defesa da aposentadoria, nesta quarta, dia 20 de fevereiro, a partir das 10h, na Praça da Sé, em São Paulo. As grandes centrais sindicais já demonstraram que possuem mais disposição a negociar a proposta com o governo do que o próprio governo Bolsonaro! É preciso que nós, trabalhadoras e trabalhadores, repudiemos qualquer conciliação, e que a assembleia não seja apenas mais um desfile de balões!
Devemos organizar a luta a partir dos locais de trabalho, de promover o enfrentamento direto contra a reforma e retomar o controle das nossas entidades de classe para as mãos dos trabalhadores! Contra qualquer reforma da previdência que os patrões queiram impor! Abaixo o Sampaprev! Pela construção de uma Greve Geral!